Colecção de poesia
A poesia não é apenas um género literário, mas um olhar revelador de mistérios e uma sabedoria resgatadora da nossa profunda humanidade. A poesia é um modo de ler o mundo e escrever nele um outro mundo (Mia Couto).
Com esta colecção de poesia encontra as mais importantes obras de autores africanos e com elas a alma e a voz do povo.
Autores publicados:
Arlindo Barbeito | Armando Artur | Carlos Pimentel | Chitute Didier Malunga | Domingos Pedro | Eugénia Neto | Luis Cezerilo | Noémia de Sousa | Suleiman Cassamo | Tânia Tomé | Teresa Quingaia
Livros editados
Fácil é observar na sua escrita que os temas da guerra, da destruição, as referências a uma determinada época, perpassam como fantasmas. Surgem, no entanto, no quotidiano, como efeitos, como restos de um pesadelo disforme. Mas nunca através do falso grande verso, e sim em sintéticos poemas de uma grande harmonia, quase música só, que afloram e se deixam apreender − e nunca, de maneira nenhuma, surpreender como denúncia de algo de trágico acontecido.
Tudo fica no ar, solto, e, em boa verdade, nenhuma conclusão se pode tirar do que se leu. Ou melhor: o que Barbeitos nos oferece é pura música através de um sábio jogo de palavras que nos deixa suspensos, ora de um motivo insólito, ora de um contraponto inesperado, ora ainda de uma exclamação irrompida na interioridade de um íntimo momento.
Que se atente (para exemplificação do atrás exposto) no seguinte poema: Do talo ondeante / se acerca / hesitando a libélula / oh. / diz-me / quantos anos / dura um segundo / na imobilidade / que o sol inunda.
Aquele oh só um poeta o poderia conceber no contexto do momento descrito.
Foi esperança e foi certeza
O soar dos quissanges
Infanto-juvenis
E nas florestas os bichos falaram (1)
A formação de uma estrela e outras histórias na terra
A lenda da asas e da menina mestiça flor
A trepadeira que queria ver o céu azul
As aventuras do amor-flor em África
A montanha do Sol
A Menina do Planeta Sikys
As nossas mãos constroem a liberdade
O Vaticínio da Kianda na piroga dos tempos
A Mensagem do Cristal de Rocha
Testemunhos sobre Agostinho Neto
Fica aí dentro do quarto o soldado sou eu
Em Cabo-Verde nasceu um menino, e o menino chamou-se Agostinho Neto
Ninguém impediria a chuva
1 – (ganhou o prémio de Honra da Comissão da RDA para a Unesco na Exposição «Os Mais Belos Livros do Mundo», realizada em Leipzig em 1978). Foi traduzido em diversas línguas e cujas traduções foram publicadas em livro e em revistas.
Membro fundador da União dos Escritores Angolanos, iniciou a publicação de trabalhos literários no jornal regional de Moçâmedes O Namibe, onde, em fins dos anos 50, trabalhou também como tipógrafo compositor.
Em 1960 publicava já com regularidade, tendo colaboração de vária índole (jornalismo, poesia, crónica e conto) em vários jornais e revistas, como: A Província de Angola, ABC, Vitória É Certa, Njango ya Sualali, Diário de Luanda, Lavra & Oficina, etc. Colaborou igualmente em programas radiofónicos em Moçâmedes e Benguela.
Tijolo a Tijolo é o seu primeiro livro, mas tem outras obras para publicação, não só de poesia mas também de literatura infantil e crónica. Entre elas, O Rio só Termina na Foz, que recebeu uma menção honrosa no Concurso Literário realizado pela UNTA – União Nacional dos Trabalhadores Angolanos, por ocasião do 1.º de Maio de 1977.
Da sua obra literária, destacam-se os seguintes títulos:
Erotismo como Linguagem na Obra de José Craveirinha: Modos possíveis de projecção dos desejos, Maputo: Alcance Editores, 2010; Geometria das Metáforas. Poesia (2ª Edição), Lisboa: Texto Editores-Portugal, 2009; Obra Poética de José Craveirinha e Eduardo White: utopia e liberdade no horizonte do possível (2ª Edição), Lisboa: Texto Editores-Portugal, 2009.
O seu livro mais conhecido, O REGRESSO DO MORTO, saiu em Moçambique (Associação dos Escritores Moçambicanos), nos anos de 1989 e 2010; Portugal (Editorial Caminho), no ano de 1997; França (Edições Chandeigne), no ano de 1994; Espanha (Universidade de Valladolid), em 2000. A obra o REGRESSO DO MORTO tem merecido a atenção da crítica, com inúmeros artigos dedicados à obra, e, em 1994, foi proclamada pela UNESCO como “obra representativa da literatura moçambicana do património literário universal”.
Publicou também AMOR DE BAOBÁ (Moçambique e Editorial Caminho em Portugal), 1997 e PALESTRA PARA UM MORTO (Moçambique e Caminho, Portugal), 1998.
Foi vencedor do Prémio Guimarães Rosa, pela RFI e União Latina, Paris, em 1994, com o conto “O Caminho de Pháti”. Tem participação em conferências no Brasil, Portugal, Espanha, França e Suiça. É fluente em português e ronga, falando também francês e inglês.
Um facto dele pouco conhecido, tem a ver com uma curta passagem pela prisão da Vila Luísa de Marracuene, aos 12 anos, no fim do período colonial, acusado de “turra”, por supostamente ter atacado um comboio à fisga.
Fácil é observar na sua escrita que os temas da guerra, da destruição, as referências a uma determinada época, perpassam como fantasmas. Surgem, no entanto, no quotidiano, como efeitos, como restos de um pesadelo disforme. Mas nunca através do falso grande verso, e sim em sintéticos poemas de uma grande harmonia, quase música só, que afloram e se deixam apreender − e nunca, de maneira nenhuma, surpreender como denúncia de algo de trágico acontecido.
Tudo fica no ar, solto, e, em boa verdade, nenhuma conclusão se pode tirar do que se leu. Ou melhor: o que Barbeitos nos oferece é pura música através de um sábio jogo de palavras que nos deixa suspensos, ora de um motivo insólito, ora de um contraponto inesperado, ora ainda de uma exclamação irrompida na interioridade de um íntimo momento.
Que se atente (para exemplificação do atrás exposto) no seguinte poema: Do talo ondeante / se acerca / hesitando a libélula / oh. / diz-me / quantos anos / dura um segundo / na imobilidade / que o sol inunda.
Aquele oh só um poeta o poderia conceber no contexto do momento descrito.
Jurista, funcionário público, docente universitário, especialista em Direito Registral e Notariado, dedica-se a estudos sobre o Direito da Família e Sucessões.
Escreve poesia desde os anos 80 com alguma publicação dispersa na então página Juvenil do Jornal Domingo.
Tem publicações do seu ramo de especialidade em revistas da especialidade e colaboração permanente na página da Mulher do Jornal Notícias.
Livros publicados: Código do Registo Civil anotado (em co-autoria), 1ª Edição, Lisboa, 2005 e 2ª Edição, Maputo, 2005; Criança, Família e Herança, Maputo, 2011.
Toda a sua produção é marcada pela presença constante das raízes profundamente africanas, abrindo os caminhos da exaltação da Mãe-África, da glorificação dos valores africanos, do protesto e da denúncia. Noémia de Sousa fala do orgulho de pertencer a África por parte dos africanos. E por esse mesmo motivo vem afirmar que terão obrigatoriamente de ser os filhos a cantar essa sua mãe-terra (que tanto amam e sentem).
Sempre, e desde muito cedo, pretendeu que o seu povo avançasse uno, em coletivo, em direção a um futuro que alterasse os eixos em que se fundamentava a atitude do homem, mas sem nunca fazer a apologia da desumanização. Afirmava-se, acima de tudo, africana e apostava fortemente na divulgação dos valores culturais moçambicanos.
Entre 1951 e 1964 vive em Lisboa, onde trabalha como tradutora, mas, em consequência da sua posição política de oposição ao Estado Novo, tem de exilar-se em Paris.
Como jornalista de agências de notícias internacionais, viajou por toda a África durante as lutas pela independência de vários países. Em 1975 regressou a Lisboa, onde trabalhou na ANOP e na sua sucessora, Lusa.
A sua poesia está representada na antologia de poesia moçambicana Nunca mais é Sábado, organizada por Nelson Saúte.
Apesar de a escritora ter afirmado sempre que não valia a pena reunir os seus poemas num livro, foi lançada em 2001, por iniciativa da Associação dos Escritores Moçambicanos, uma colectânea da sua obra intitulada Sangue Negro, em homenagem ao seu 75.º aniversário. A colectânea foi reeditada em 2011, novamente em Moçambique, aumentada com três poemas e dois textos sobre a obra da escritora, redigidos pelos especialistas moçambicanos de literatura Francisco Noa e Fátima Mendonça. É esta edição que agora se publica em solo angolano.
O livro é uma das referências bibliográficas da Pós-graduação em Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, único livro moçambicano e um dos três africanos seleccionado para o Prémio Portugal Telecom 2011 do Brasil. Conversas com a Sombra é o seu segundo livro de poesia, lançado em Moçambique em 15 Dezembro de 2011.
Faz parte da Antologia World Poetry Almanac 2009 (190 poetas de 100 países do mundo), representando Moçambique e os Palop , e faz parte da Antologia THE BILINGUAL ANTHOLOGY ON AFRICAN POETRY EM CHINES (这里不平静 双语非洲诗选), lançada em Shangai (China), da Antologia Poesia Contemporânea Africana, lançada no Brasil e da Antologia Mundial Poetas Siglo XXI (5100 poetas de 169 países) de Espanha.
É presidente da Associação Showesia com objectivos culturais e de carácter sócio-humanitario e directora do Festival internacional showesia (www.showesiafestival.com).
Representou Moçambique e os Países de Expressão Portuguesa no Festival Internacional Poetry Africa em 2009, Festival Cup of Cultures 2010 (Alemanha Berlim), Festival SADC (Botswana), Festival Medellin 2011 (Colômbia) entre outros variados festivais. É formadora e consultora para criação e promoção de indústrias criativas, tendo elaborado formações/palestras para OIT/GAPI (2010), Presidência da República Departamento de Estudos (2011), Universidade UEM (Escola Superior de Artes) 2012.
Conta já com vários prémios internacionais entre os quais se destacam Prémio Académico da Fundação Mário Soares (Presidente de Portugal), Prémio Festival da Canção, Porto, Portugal, Prémio soundcity music award (África), Prémio de Música da Organização Mundial de Saúde, Prémio Nacional de Poesia Bim, Nomeada Para o Museke African Music Awards 2011, Mozambique Music Awards 2012.
É membro da Associação dos Escritores Moçambicanos, da Associação dos Músicos Moçambicanos, da Associação dos Poetas Del Mundo e Membro Correspondente da Academia Rio-Grandina de Letras do Brasil.
O livro é uma das referências bibliográficas da Pós-graduação em Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, único livro moçambicano e um dos três africanos seleccionado para o Prémio Portugal Telecom 2011 do Brasil. Conversas com a Sombra é o seu segundo livro de poesia, lançado em Moçambique em 15 Dezembro de 2011.
Faz parte da Antologia World Poetry Almanac 2009 (190 poetas de 100 países do mundo), representando Moçambique e os Palop , e faz parte da Antologia THE BILINGUAL ANTHOLOGY ON AFRICAN POETRY EM CHINES (这里不平静 双语非洲诗选), lançada em Shangai (China), da Antologia Poesia Contemporânea Africana, lançada no Brasil e da Antologia Mundial Poetas Siglo XXI (5100 poetas de 169 países) de Espanha.
É presidente da Associação Showesia com objectivos culturais e de carácter sócio-humanitario e directora do Festival internacional showesia (www.showesiafestival.com).
Representou Moçambique e os Países de Expressão Portuguesa no Festival Internacional Poetry Africa em 2009, Festival Cup of Cultures 2010 (Alemanha Berlim), Festival SADC (Botswana), Festival Medellin 2011 (Colômbia) entre outros variados festivais. É formadora e consultora para criação e promoção de indústrias criativas, tendo elaborado formações/palestras para OIT/GAPI (2010), Presidência da República Departamento de Estudos (2011), Universidade UEM (Escola Superior de Artes) 2012.
Conta já com vários prémios internacionais entre os quais se destacam Prémio Académico da Fundação Mário Soares (Presidente de Portugal), Prémio Festival da Canção, Porto, Portugal, Prémio soundcity music award (África), Prémio de Música da Organização Mundial de Saúde, Prémio Nacional de Poesia Bim, Nomeada Para o Museke African Music Awards 2011, Mozambique Music Awards 2012.
É membro da Associação dos Escritores Moçambicanos, da Associação dos Músicos Moçambicanos, da Associação dos Poetas Del Mundo e Membro Correspondente da Academia Rio-Grandina de Letras do Brasil.